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A história do Cognitivismo-comportamental e seu tratamento relacionados a superação de algum medo/tr

Universidade de Brasília – UnB

Disciplina: Psicologia da Personalidade

Professora: Elisa Walleska Kruger Costa

Aluna: Verena Alcântara Andrade de Oliveira

Matrícula: 13/0038628

O objetivo desse trabalho é relacionar uma experiência de vida com alguma teoria da psicologia. Optei pelo Cognitivismo porque achei que se encaixaria melhor nessa proposta e na vivência que irei contar aqui, que é sobre como superei meu medo de escuro quando era mais nova.

Então primeiramente, farei uma introdução geral sobre o que vou abordar e depois explicarei um pouco mais sobre as particularidades da teoria escolhida: Quais foram as principais teorias anteriores a ela (em ordem cronológica), como ela é atualmente e como é o trabalho de quem é dessa área. Fazendo isso podemos situar melhor os leitores no assunto.

Não é novidade que a Psicologia tem seu berço na Filosofia, mais especificamente em duas vertentes: O Racionalismo e o Empirismo. O primeiro crê que o melhor meio de se obter o saber é através da lógica, já o segundo crê que ele se adquire por meio de um exame da realidade e de suas próprias experiências (Aristóteles pertencia a essa última).

Enquanto isso na mesma época, Locke dizia que a própria vivência da pessoa era o que definia o seu nível de conhecimento do mesmo. Posteriormente, um filósofo chamado Kant, reuniu as ideias de Descartes e de Locke e conclui que na verdade as duas linhas eram complementares e que teriam sempre que serem usadas lado a lado.

Logo em seguida, surge o Estruturalismo, que tentava entender o que se passava nas partes que integravam a mente, observando as compreensões feitas por cara uma dela, para dessa forma, compreendê-la como um todo. Seu principal contribuinte foi Wilhlem Wundt, que trouxe consigo uma técnica denominada ‘’Introspecção’’, que se consistia numa análise por dentro de nosso consciente.

Porém, prontamente já se viu que uma ‘’opção extra’’ era necessária e foi aí que o Funcionalismo apareceu. Os psicólogos deveriam se focar mais no ‘’modus operandi’’ da mente e não no seu contento e tentar responder uma principal questão: Como e por que a mente humana executa determinadas ações? Ela desconsiderava a parte a substância mental.

Já o Associacionismo (que veio depois) pegou o conceito difundido pelo Funcionalismo e adicionou mais alguns pontos. A meta ia além porque ele queria compreender como os acontecimentos e as concepções se combinavam para formar o aprendizado do indivíduo. Thorndike foi um dos mais importantes na época, criando a Lei do efeito, onde ele discorria que se um ato era seguido do recebimento de um ‘’incentivo’’ toda vez que fosse realizado, a pessoa acabaria agindo do mesmo jeito em todas situações semelhantes com essa na qual ele sofreu um estímulo positivo (condicionamento de ações).

Alguns pesquisadores mais atuais do mesmo período, quiseram arriscar e decidiram dar princípio aos testes em animais para estudarem mais a fundo a conexão estímulo-resposta. Esses estudiosos passam então a serem chamados de behavioristas. Seu campo de estudo basicamente se limita em apenas duas coisas que são as reações de suas cobaias e os estímulos gerados pelo ambiente.

O grande colaborador dessa vertente foi Ivan Pavlov, que observou que os cães de seu local de trabalho já babavam só de verem o funcionário que os dava comida. Ele foi o primeiro a provar que algumas respostas podem não possuir nenhum embasamento consciente e inclusive recebeu muitos prêmios por isso.

Existiam alguns behavioristas que eram muito extremistas, como John Watson, que pensava que todos os psicólogos desse ramo deveriam se limitar somente à observação comportamental. Ainda assim, houveram alguns estudiosos que possuíam um desejo imenso de compreender essa ‘’caixa preta’’ que seria nosso cérebro: Era preciso ter noção do intento e da planificação enraizadas em cada tipo de comportamento Tolman (1932).

Por fim, a teoria antecessora ao Cognitivismo foi a Psicologia da Gestalt (umas das críticas mais ativas do Behaviorismo). Segundo ela, só faz sentido estudar as eventualidades psicológicas por inteiro: Separa-las só iria tornar a análise mais complexa e demorada.

Finalmente, depois dessa longa jornada, surge o que chamamos hoje de Cognitivismo. Sua premissa básica do é a de que as interpretações e crenças de cada pessoa podem interferir, de algum jeito, na forma em que elas se sentem e se comportam. O profissional dessa área analisa como seus clientes notam algumas figuras, lembram de certas coisas, mas se esquecem de outras e até o porquê de eles saberem falar um idioma específico.

Um dos tratamentos baseados nessa linha de pensamento é a terapia cognitiva comportamental, focalizando três pontos principais: O comportamento, o cognitivo/emocional e por último a fisiologia. O tratamento ocorre com a divisão/identificação de 4 etapas distintas: 1. Situação, 2. Pensamentos, 3.Emoção e 4. Comportamento ou Bloqueio.

Todas as partes são integradas no mesmo circuito com o intuito de se atingir a resolução do problema do paciente em questão e esse método se insere muito bem no modo como superei minha dificuldade ao longo dos anos.

Eu possuía uma dificuldade muito grande de dormir com as luzes apagadas e principalmente, sozinha. Por algum motivo sempre achava que iria aparecer algum tipo de monstro ou coisa parecida para me assustar assim que eu adormecesse (Fiz um esquema simples demonstrando basicamente como seriam essas etapas de identificação logo acima).

Resumidamente, meu problema se resolveu com o meu crescimento natural. Quando amadureci me tornei mais racional, então quando a hora de ir para a cama chega, eu não penso mais que vão aparecer monstros porque aprendi que eles não existem. Portanto conclui que não tinha mais motivo para sentir medo, resolvendo dessa forma, meu problema para dormir e hoje em dia não tenho mais complicações quanto a esse assunto.

Referências:

http://pt.slideshare.net/GlauciaMaga/tcc-terapia-cognitiva-comportamental

Livro: Psicologia Cognitiva por STERNBERG, J. Robert


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