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A Falsa Democracia Racial Brasileira e a Psicanálise de Freud

Universidade de Brasília

Brasília 2015

A Falsa Democracia Racial Brasileira e a Psicanálise de Freud

Nome: Luíza Cristina de Carvalho Faria

Matrícula: 14/0152253

Disciplina: Psicologia da Personalidade 1

DE INÍCIO:

Para chegarmos a entender a falsa democracia racial que foi implantada no Brasil e o papel da teoria de Freud neste processo, é preciso certa bagagem pela teoria da personalidade de Freud e uma explanação sobre o ponto de vista defendido no trabalho de Henrique. C. (2007). Reconstrução: uma abordagem sócio-histórica sobre o racismo à brasileira.

DA TEORIA DE FREUD:

De acordo com a abordagem psicanalítica clássica, é certo que a maioria das problemáticas psicológicas derivam do sexo. O sexo é o componente primordial e central da teoria de Freud e possui três frentes principais:

Os três níveis de consciência de Freud é explicado por seu modelo iceberg: na superfície encontra-se a mente consciente, ou seja, aquilo que estamos em contato na memória no momento é a nossa memória em curto prazo. Na parte do iceberg coberta pela água estaria a nossa mente pré-consciente, é aquilo que está guardado, que não está acionado no momento, porém, é acessível. Essa é a nossa memória a longo prazo. A parte mais profunda do iceberg, nessa situação, representa a mente inconsciente, base da teoria da personalidade de Freud. É a parte que não somos capazes de acessar espontaneamente, onde são guardados instintos biológicos, pensamentos, conflitos não resolvidos de infância, lembranças, sentimentos reprimidos, entre outros.

Freud dividiu a estrutura da personalidade em três partes: ID, EGO e SUPEREGO, que na verdade, não são estruturas físicas reais e sim representações simbólicas de processo mentais. O ID consiste na parte de impulsos instintivos, de vida ou de morte, ele é impaciente e exige satisfação imediata de suas demandas, segue o princípio do prazer. As outras, EGO e SUPEREGO, derivam do ID, são formadas a partir dele. Visto que nem sempre é possível atender as demandas do ID, o EGO têm como função satisfazer as vontades do ID de acordo com as normas da sociedade, ele mede as consequências de tais atos antes de agir, segue o princípio da realidade. Assim, ligado ao ID, possui uma parte inconsciente e uma parte pré-consciente, ele funciona como mediador das três partes. Por último, o SUPEREGO é movido pelos princípios da moralidade, ele dita como o EGO deve agir, nele são armazenados os valores e padrões de uma determinada cultura. A ação mediadora do EGO se dá mediante conflitos entre as estruturas ID e SUPEREGO, onde uma defende a satisfação imediata de suas demandas e a outra que exige uma linha limitante que separe o ético e o moral dos impulsos inconscientes e inconsequentes.

DO TRABALHO: RECONSTRUÇÃO: UMA ABORDAGEM SÓCIO-HISTÓRICA SOBRE O RACISMO À BRASILEIRA:

No trabalho, o autor explica o modelo democrático social ilusório que foi implantado no Brasil e na França, que leva em conta a mestiçagem e é ilustrada a partir de um triângulo: brancos (no ápice), negros e índios (nas extremidades inferiores), onde as suas pontas são interligadas, porém, polos distantes, em que o triângulo impede a firmação da negritude dentro da sociedade. Henrique defende a identidade religiosa dos negros e vai contra, por exemplo, aos adjetivos que os colocam em uma escala de inferioridade. Também a desconstrução de ideais como o discurso de democracia racial de que não existe racismo no Brasil e a falsa ideia de integração. O autor enxerga a solução da problemática na conscientização popular da visão do negro como um agente da história.

BRANCOS

NEGROS ÍNDIOS

RELAÇÃO ARTIGO-TEORIA:

Pode-se perceber que a sociedade cria uma falsa democracia racial e um falso valor moral e ético com relação à identidade negra e a ideia do que é ser negro e faz acreditar um SUPEREGO social que suas ações, leis, estereótipos, visões, pensamentos e sentimentos são de plena igualdade e esforço para a integração da sociedade negra, quando, na realidade, o negro não é tratado como um agente da história, que carrega toda uma bagagem de repressão, e dor, muita dor. Henrique, em seu artigo, encontra na conscientização da visão do negro como um agente da história mundial e nacional, que se encontram muito além do fenótipo, a solução da problemática. Além disso, cita, mais de uma vez “raça é uma ideia e não um fato biológico’ (TELLES, 2003:301)

BIBLIOGRAFIA:

Livro: Psicologia, uma abordagem concisa. RICHARD A. GRIGGS. Segunda edição. Capítulo 8 – Teorias e Avaliação da Personalidade.

Artigo: Henrique. C. (2007). Reconstrução: uma abordagem sócio-histórica sobre o racismo à brasileira. Revista Urutágua. Maringá. Abr./Maio/Jun./Jul. 2007.

Imagem iceberg: http://2012books.lardbucket.org/books/creating-literary-analysis/section_07/1b9bf2fc9a9c69b2b015a369f43bd868.jpg


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